Este é, sem dúvida, o caso mais escandaloso de ‘fretes’ a um Governo
POLÉMICA NO INEM É «INACEITÁVEL», MAS «NÃO SE RESOLVE COM DEMISSÕES» (*)- acha o comentador Luis Marques Mendes “Mãozinhas”, ao serviço do PPD-PSD (a ver se este apoia a candidatura dele a PR) no canal de TV do PPD-PSD, vulgo SIC Notícias
O popular-democrático / social-democrata Luís Marques Mendes [a que eu pus a alcunha “Mãozinhas”] falou, na SIC Notícias [canal de TV do PPD-PSD] da polémica do INEM, tema que marcou a actualidade esta semana. A oposição defende a demissão da ministra Ana Paula Martins da pasta da Saúde, mas Marques Mendes acha que não. Considerando a situação “inaceitável”, o popular-democrático / social-democrata elencou ainda os intervenientes que “andaram mal”, que “foram todos” [incluindo ele próprio, o “Mãozinhas”?].
O antigo líder [que foi um fracasso] do Partido Popular Democrático / Partido Social-Democrata (PSD), Luís Marques Mendes [“Mãozinhas”] comentou, este domingo, a crise no Instituto Nacional de Emergência Médica (INEM). O popular-democrático / social-democrata manifestou-se contra uma eventual demissão / exoneração da Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, defendendo que é preciso dar «um passo em frente» [rumo ao abismo?!].
«Acho que tudo isto que está a acontecer é um bocadinho [só “um bocadinho”, ó “Mãozinhas”?] inqualificável. Uma das primeiras tarefas básicas de um Estado é tudo fazer para salvar pessoas. Deixemos vir os inquéritos, mas, aparentemente, não foi feito tudo para salvar pessoas nos últimos dias», começou por considerar, no seu habitual espaço de comentário no canal do PPD-PSD, vulgo SIC Notícias.
Em causa estão as até agora 11 mortes que aconteceram por alegados atrasos no atendimento do «112». As primeiras mortes foram denunciadas no dia 8 de Novembro pelo Sindicato dos Técnicos de Emergência Pré-Hospitalar (STEPH), o qual, durante a semana, acabou por suspender uma greve após conversações com o Governo, numa altura em que a Ministra da Saúde, Ana Paula Martins, já estava debaixo de fogo, nomeadamente, com pedidos de demissão [injustificados, segundo o palerma do “Mãozinhas] por parte das oposições [vários partidos com assento na AR].
«Não sendo isto aceitável, acho que todos os intervenientes andaram mal neste processo», afirmou, detalhando. Marques Mendes sublinhou que “todos” significava o sindicato em questão, cuja greve foi é “legal”, mas “imoral” e “desumana”. «Não devia existir. Nesta área muito sensível em que pode estar em causa a vida das pessoas deve haver outras formas de luta, não tanto a greve. Respeito, mas não concordo», atirou o inefável “Mãozinhas” [para cima da mesa?]…
O comentador do PPD-PSD [que favorecia muito o BES e agora favorece muito o seu próprio partido na SIC Notícias] apontou também “o dedo” à direção do INEM, que «não andou bem», defendendo prioridades face a um pré-aviso de greve neste âmbito. «A primeira coisa que um presidente do INEM devia fazer – se não fosse a primeira, avisar a sua tutela, era a segunda – é impor serviços mínimos nos termos da lei. Nesta greve não houve serviços mínimos. Uma direção com o mínimo de experiência, cautela e atenção, desencadeava os mecanismos todos para haver serviços mínimos», apontou O “Mãozinhas”, rejeitando que possa ter sido «de propósito», mas que, ainda assim, a situação não deixa de ser negligente. «Uma pessoa pode dizer que “já houve greves no passado e não aconteceu nada”. Mas pode acontecer sempre. Quando estão em causa situações como esta não se pode facilitar de maneira nenhuma», avisou o “Mãozinhas” [de certo modo citando “O Cândido” de Voltaire, que ele é capaz de ter lido por causa do terramoto de 1755]…
Em relação ao espectacular Governo do seu amigo e companheiro de partido, o espinhense Luís Montenegro, o Luís Marques Mendes “Mãozinhas” considerou que o Ministério da Saúde teve uma falha. «É só uma, mas numa questão que podia fazer a diferença toda», disparou ele, falando da desconvocação da greve, que adveio de uma reunião com o Executivo. «O que a ministra fez agora, já com a greve iniciada, devia ter sido feita antes de a greve começar […]. Esta reunião que a ministra fez, já no decurso da greve, devia ter sido feita antes do início da greve. E, se agora conseguiu desconvocar, teria sido evitada a greve, e desconvocada – e, eventualmente, evitando-se uma greve evita-se toda esta suspeita relativamente a várias fatalidades e este alarme social. Foi uma pena. Tenho muito dificuldade em perceber isto», explanou o “Mâozinhas” [desta vez me parecendo que estava a citar os soldados do Senhor de La Palisse, quendo este, infelizmente, morreu ou foi morto]…
Sublinhando que «ainda ninguém deu uma explicação sobre isto», Luís Marques Mendes “Mãozinhas” foi confrontando sobre se [a sintaxe não me parece correcta, mas eu não corrijo!] a explicação em causa deveria vir da responsável pela pasta: «Com certeza. Se ela o entender, mas, para mim a falha é esta». Toma lá, que já apanhaste!
Em relação à resolução desta crise, o comentador popular-democrático / social-democrata rejeitou que a saída da ministra fosse a solução para a questão. «Acho que, aqui chegados – [terá dito ele, à chegado aos estúdios do canal do partido] – o assunto não se resolve com a demissão para aqui ou acolá [como já tinha dito o seu tão querido amigo Luís Montenegro, primeiro-ministro e presidente do PPD-PSD]. O problema não se resolve com demissões [nunca, por nunca ser, a não ser quando é o PS que está no poder!]. O problema resolve-se tendo mais cuidado, mais atenção e evitando novos erros», defendeu o “Mãozinhos” [desta vez fazendo-me lembrar a famosa ‘anedota do pingo de solda’]…
O comentador [partidário até dizer ‘chega!] argumentou que há um peso político a pagar, mas que este se trata [outro erro de sintaxe] de assumir responsabilidades e de dar um «passo em frente» [rumo ao pântano?] e ter «mais cuidado no futuro». Também a situação, assim como outras, deixam «desgaste» no Governo, defendeu Mendes “Mãozinhas”, reiterando: «Isto não se resolve com remodelações porque um primeiro-ministro a remodelar um Governo de seis em seis meses… Isto resolve-se havendo mais cuidado e rigor» [ou seja, para Mendes “Mãozinhas” nunca se deve responsabilizar e humilhar, com a demissão ou exoneração, um ministro ou uma ministra tão ‘queriducha’ como a Ana Paula, coitadinha dela!] .
Luís Marques Mendes “Mãozinhas° [lá bem do alto do cocuruto de onde brotam as suas ideias geniais] lembrou que estas situações não só desgastam o Governo, como também quem dá a cara por este. «E um primeiro-ministro não é remodelável» [irá isto constar da próxima revisão da Constituição da República?]…
(*) Texto da «POLÍTICA AO MINUTO», com «ENTREMEADOS» de Alfredo Barroso
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