Tudo evolui na vida, mas tudo? Mesmo depois de 50 dias a celebrar “a liberdade do 25 de Abril” multiplicam-se os atentados à livre expressão de eleitores do município de Paços de Ferreira, eles que se encontram desde há muito tempo vigiados por uma equipa de dedicados voluntários que aqui descrevemos com pertencendo á PEIDA num texto escrito em Setembro de 2022.
Muito depois disso João Paulo Carvalho iniciou a colaboração na “Gazeta de Paços de Ferreira” que agora terminou dadas as alterações editoriais introduzidas no jornal, pelo que damos à estampa a último artigo deste freamundense. É o chamado “jornalismo copydesk” que impera após três mandatos do PS liderado por Humberto Brito.
Vale a pena ler, até para perceber – para quem ainda tem dúvidas – sobre o ambiente democrático experimentado na nossa terra.
Este texto de João Paulo Carvalho dói. Dói muito sobretudo a quem vive as preocupações da alma freamundense, mas dói ainda mais por ser exatamente verdadeiro! Colide de frente com os interesses de quem quer impor a verdade oficial e nos quer impingir uma visão de uma realidade que não existe. Cada linha deste texto berra a verdade calada e sofrida. E é dita por quem conhece e vê. E não teve medo de passar ao papel o que precisava de ser escrito enquanto foi possível. E na “Gazeta” agora sabemos que não escreve mais.
O jornalismo Copydesk
Em devido tempo decidiu o SIS da Câmara Municipal convocar uma “colectiva de imprensa” a fim de o senhor presidente explicar (claro) a sua visão sobre a situação do município, tudo com o cuidado de na “colectiva” haver a preocupação de evitar que todos os órgãos de imprensa estivessem presentes. Foi em meados de 2024, tendo o evento sido traduzido numa manchete tipo…”Foram dez anos muitos difíceis”.
Ao evento chamámos-lhe “acção de formação para jornalistas”. E bem queríamos não ter razão. Mas desde aí aumentou o controlo editorial dos órgãos de comunicação de tal modo que agora se chega ao cúmulo de dispensar a opinião de um colaborador honesto, sério, dedicado e sobretudo com a coragem de escrever o que pensa. Pecado capital.
E clamoroso, capaz de envergonhar o maior pecador debaixo do céu, porque ninguém acredita que a “Gazeta” que conhecemos cometesse, de livre vontade, este crime contra a liberdade de expressão. Já todos percebemos.
Espinha cravada na garganta de HBrito
Também nos referem que este texto de Paulo de Carvalho mereceu nas redes sociais a exasperação de Humberto Brito apelidando-o de “mentiroso” e de “não gostar de Freamunde”. Isto apesar de todos conhecermos o Paulo de Carvalho e o ex-futuro Presidente que provavelmente não lhe perdoa o fato de o candidato da CDU no debate das autárquicas de 2021 o ter entalado desta maneira:
NÃO PERCA ESTA PÉROLA DEMOCRÁTICA E PERCEBA QUEM ABRE A BOCA PARA EXPLICAR E QUEM A ABRE PARA MENTIR
João Paulo Carvalho e Freamunde
João Paulo Carvalho foi candidato pela CDU à Câmara Municipal em 2021. Nunca viveu da política, não precisa dela, mas gosta de Freamunde. Não como quem usa uma etiqueta, mas como quem respira e nisso tece a “alma freamundense”. Dispensa portanto esclarecimentos sobre a sua terra, gostar dela e de a defender. Além disso, também a sua vida profissional é construída em Freamunde e para o mundo. Dispensa também por isso “respirações” estranhas ao mundo dos negócios bastando-lhe a luta na lei da concorrência e à qual sorri.
Tem assim autoridade – naquele sentido de que é merecedor de respeito – para falar e escrever porque as suas palavras nascem da experiência de vida, pessoal, empresarial e política. É assim uma personalidade política de total legitimidade que conquistou o respeito de quem com ele se cruzou e continua a cruzar. E acima de tudo querem agora “varrer do mapa” a sua visão de e para Freeamunde. Eles, de facto, acham que são donos disto tudo. Cabe ao Paulo de Carvalho desenganá-los.
Por Arnaldo Meireles