O Papa recebeu este sábado os vencedores da 15ª edição do Prémio Internacional de Jornalismo Biagio Agnes, e pediu o uso de elementos do trabalho do jornalista: ”o bloco de notas, a caneta e o olhar”.
“O bloco de notas lembra-nos a importância de ouvir, mas, acima de tudo, de nos deixarmos fascinar pelo que acontece. O jornalista nunca é um contador da história, mas uma pessoa que decidiu vivenciar as suas implicações com participação, com com-paixão”, referiu o Papa em discurso divulgado pela Santa Sé.
“A caneta ajuda a elaborar o pensamento, conectando a cabeça e as mãos, promovendo lembranças e ligando a memória ao presente”: “a caneta lembra o ‘ato criativo’ dos jornalistas e dos profissionais da media, ato que exige unir a busca da verdade com a rectidão e o respeito pelas pessoas, em particular, com o respeito pela ética profissional, assim como Biagio Agnes fez”, apontou.
Olhar para a realidade
Francisco alertou que bloco de notas e a caneta tornam-se “meros acessórios se faltar um olhar para a realidade” e tem de ser um olhar real, não apenas virtual”.
“É necessário um olhar cuidadoso sobre o que está acontecendo para desarmar a linguagem e promover o diálogo”, citação da Mensagem para o 57º Dia Mundial das Comunicações Sociais, 24 de janeiro de 2023.
Na sua intervenção Francisco falou ainda das grandes mudanças atuais que também desafiam o dia a dia do jornalista, “chamado a ‘gastar as solas dos sapatos’ ou a caminhar pelas ruas digitais sempre a ouvir as pessoas que encontra”.
Com Vatican News
Papa Francisco: A realidade como fonte jornalística
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