Está a CMPF a preparar o orçamento para 2024 e a recolher participações, nomeadamente da oposição. Muito bem. Num concelho normal, a preparação do orçamento está sustentado num plano de actividades pelo que é o momento de apresentar ideias e até momento para reparar feridas.
Como sabemos estão enterrados na porcaria da ETAR cinco milhões de euros, numa obra prometida pelo PS em 2013 e que iria resolver “a bodega” existente. Era fácil e rápido.
Ora como se sabe, está anunciada uma nova ETAR – fala-se em 15 milhões – sendo considerado no Poder da Rotunda assunto indelicado falar deste tema. E talvez não seja necessário falar, embora se pergunte porque não se decidem em agir, numa edilidade tão propensa ao conflito como foi anunciado na altura do RESGATE DA ÁGUA contra os “mafarricos” capitalistas que através de “fundos abutres” esmifravam – agora já não ? – as poupanças dos eleitores de Paços de Ferreira!
Falta pois perguntar o óbvio: entregue a obra, executada e paga, verificando-se que não funciona, pediu a Câmara a devolução do dinheiro pago, entrou em negociações com o empreiteiro, ou pediu em tribunal uma indemnização para recuperar dos prejuízos causados?
São cinco milhões! que assim desbaratados não colocam “os cabelos em pé” a um (ainda) presidente que em questão de contas sempre se apresentou como rigoroso, exigente e pagador? Paga e não bufa, neste caso, quando sabemos que bufar – no sentido de irritado! – é o seu desporto favorito? O que se passa? Porque é que a Câmara não exige a devolução do dinheiro?
Pudesse a Mosca falar na Assembleia Municipal e pediria para incluir no Orçamento de 2024 a “recuperação dos cinco milhões” que estão a nadar na ETAR de Arreigada. E isto seria apenas para dar a minha contribuição democrática ao debate, como sempre sereno, amigável e muito construtivo. O espírito democrático do executivo e o sentido de tolerância dos socialistas pacenses costuma até melhorar com o aproximar do Natal.