Carlos Dias, multifacetado homem da nossa terra, implantou e liderou o partido Chega no nosso concelho, experimentando a azia de muita gente e até o espanto de alguns, na ousadia de liderar a implantação desta organização e “defender o partido de extrema-direita” nos seus primeiros passos.
Experimentou a ilusão da “política” e acreditou na “verdade” da coisa, conseguindo em tempo recorde concorrer às últimas eleições autárquicas, identificando candidatos nas freguesias e apresentando lista à assembleia municipal. O resultado frágil, acompanhou a tendência do partido a nível nacional.
A inevitabilidade de experimentar a “ingratidão política” chegou para ele no momento em que o partido preparava o voo das legislativas e ficou-se pelo banco de suplentes, numa relativa desilusão, para nós imerecida, mas previsível.
Aqui fica a nota, da passagem de Carlos Dias pela política “pacense” até por ser necessário informar os nossos leitores que não faltam “candidatos”, até “muitos doutores” disponíveis para acolher a “herança” – pensam eles de 20% do eleitorado em Paços de Ferreira.
O sonho é grande e o manguito do povo poderá ser ainda maior, sobretudo quando forem tornados públicos os nomes dos “senhores doutores” que se perfilam à cotovelada para sentarem o cu no primeiro mocho da primeira fila.
Estes “senhores doutores” acham que o chão político do município lhes é favorável, dada a lavoura entretanto produzida pelo Xerife que (ainda) manda na Câmara e com o qual dizem ter aprendido a “falar grosso”, “mandar às malvas” o respeito pelo liberdade de expressão e, ao mesmo tempo, apresentar-se como o “paladino” da democracia. E acrescentam: “Olha que dá resultado, o povo é burro”!
Eu penso que não. E até acho, que, no último minuto do desenho da candidatura à CMPF de 2025, os “senhores doutores”, neste momento a salivar de expectativa gozosa se verão ultrapassados por quem se dedicou ao partido no município desde a primeira hora e nunca abriu a boca.
Pois é, o “segredo é a alma do negócio”.
Por Arnaldo Meireles