Carlos Dias entrou na política há pouco tempo depois de experiências, entre outras, no mundo da bola e desabafou, esta semana, um sentimento de relativa solidão no combate político que trava no partido CHEGA.
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Experimenta a dificuldade de “falar de política” na nossa terra e sente o desinteresse pela discussão dominante matizada pela cultura das maiorias absolutas em Paços de Ferreira que sempre aqui aconteceram.
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Procura montar uma alternativa, furar o domínio do “consensual” e é visto de soslaio pelos dominadores da praça.
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Apesar disso neste “isolamento” – de que se queixa, por não ter “espaço nos jornais” – tenta afirmar a proposta do seu partido no difícil percurso do caminho das pedras.
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Mas não está sozinho, o CDS, a Iniciativa Liberal e a CDU também experimentam o desinteresse dos média, por razões desconhecidas, mas que importa interrogar.
VEJA o “desabafo” do senhor Dias:
Por vezes sinto-me sozinho…
Sinto que as pessoas têm medo de se juntarem a uma verdadeira mudança, ou porque acham impossível ou porque de certa forma acham perigoso e temem-na antes mesmo de a experimentar.
Basta olhar e ver como está a sociadade adormecida e distante dos seus valores, culpa claramente dos poderes instalados na política nacional e também local, mas também de cada um de nós. O medo das pessoas em certas individualidades reconhecidas e influentes, o receio de perder as ajudas dadas ou somente prometidas, silencia as pessoas.
Eu sei que as pessoas hajem sem maldade e com um único fim, o de melhorar a sua vida profissional, social e até familiar.
Mas pensem, os nossos filhos, netos, que será deles com este futuro? Não terão com toda a certeza a liberdade que ainda nos resta hoje a nós, estarão claramente amordaçados a este regime que a sociedade criou.
Max Weber dizia “A história ensina-nos que o Homem não teria alcançado o possível se, muitas vezes, não tivesse tentado o impossivel.”
Por vezes sinto-me sozinho…mas continuarei a tentar o impossível por mim e por todos vós.