Olá meus amores, saudades minhas? Eu tive, mas compreenderão que foi Natal, depois passagem de ano – um forrobodó de alegrias e festas, cheias de bailes que não vos digo nada.
Depois disso viagem a Roma para me despedir do Bento que para mim é essencial, diria até vital. O que seria de mim sem o bento que me faz voar?
A vida custa a todos e a mim também e temos de fazer por ela, acho que me estão a entender e por isso a perceber (e perdoar) esta minha ausência de que me penitencio.
Mas aqui estou para vos dar as novidades do nosso reino e assinalar a turbulência que vai ali no escritório da sede administrativa onde os sonhos de novo ano animam almas (até as mais penadas) mas todas crentes num futuro carregado de êxitos de modo que a liderança do território seja renovada mas sempre garantindo o espírito da coisa, pois interessa que havendo alterações nada mude, até porque “está tudo a correr muito bem”.
Antes do Natal, eu ainda estava cá, os camaradas socialistas ficaram a saber que o “bom comportamento” lhes abriria as portas do céu, garantidas pela nova liderança.
Com os frios do inverno, entretanto, a coisa esmoreceu e alinhavinha-se uma lista provisória da futura equipa que “assessorará” PF no governo de PFR.
Reparem que até as siglas batem certo. São mesmo competentes. Só faltará ganhar as eleições de 2025!
Mas quem escolhe – isto é, alinhavinha, – também recusa e mesmo os ditos camaradas que se esforçaram no “bom comportamento” ficaram atónitos com as perspectivas desenhadas por se verificar que escasseiam lugares para os “generais na reserva” à espera de convocação para a lide.
E mesmo generais no poder, torceram o nariz à dita perspectiva que aponta para uma “grave” desclassificação da “qualidade do seu trabalho” autárquico.
Reservado – como é hábito – um lugar para personalidade política de Freamunde, mas com o perfil capaz de, voluntariamente, dizer sempre “sim, porque não”, aliás expressão recebida ali com muito carinho e autêntico passaporte para o poder.
Verifica-se, assim, a dificuldade que a família terá em acolher a “herança do pai tirano” e teme-se que na sua falta se desmorone o cimento que os mantém todos calados e alinhados!
E vai ser um problema. Como se verá em próximos episódios.
O apoio à vítima
Prenunciador do que nos espera foi a decisão desta semana em terminar o “acordo de cooperação” que vigorava entre a APAV e a nossa CMPF.
Entendeu quem manda que os anos de mútua colaboração foram suficientes para a edilidade apreender todos os conhecimentos necessários para assumir ela própria tal tarefa e vai daí suspenderam o acordo.
Percebe-se que os primeiros clientes serão os “socialistas abandonados” ou mesmo os que por azar “não se portaram bem” e como tal precisarão de apoio psicológico para o trauma que os espera.
O que eu percebi é que tudo começou com um arrufo entre a delegada da APAV e o Furacão Mónica, e, está-se a ver, a coisa inclinou para a municipalização do serviço, tendência muito na moda que, como se sabe, permite continuar a engordar no pessoal e aumentar a perspectiva de votos futuros.
A gente paga e não se queixa.
É evidente que no concelho ninguém estranha a benevolência dos nossos autarcas em tratar das vítimas de violência. Cada um é para o que nasce.
Eu vejo, eu cheiro, eu sou mosca. E por isso vou andando por aí e disso darei notícias se me permitirem.
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