Entre sorrisos de fidalguia em tempos de festa, surge com frequência um estado lastimável dos continuados flagelos das chamas ilustradas por labaredas de infortúnio que deixam ao redor fumo, cinzas, terror, lágrimas, desconforto e medo, que nos vai queimando a alma.
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Mas, mal aparece a notícia “entramos na época dos incêndios”, a história repete-se, para não ser considerada engano!
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Até mesmo os próprios comentários de que “ a área ardida até este momento em relação à anterior é inferior a 26% e cerca de 42% abaixo da média dos últimos anos”, para não fugir à regra, vai ajudando a pintar de luto as cores duma história apenas contada para os heróis da festança, que se revêm estimulados para o crime de incendiário, que ou a troco de uns trocos, ou pelo prazer em assistir ao espetáculo das chamas, ou outras razões de ordem passional, abrem o cofre aos figurões do costume, que ordenam e de imediato
se escodem por entre lamúrias de hipocrisia e colocam Portugal em termos absolutos com a maior área ardida de todos os países da Europa, repito, em termos absolutos.
A causa humana
Acredito que os factos anotados para a causalidade de existirem altas temperaturas, vento, trovoada, etc., possam originar a propagação das chamas, mas o que a notícia nos vai confirmando, é que aparece com frequência a causa como humana do dito incendiário.
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O que se nos apresenta em termos de informação é que à custa deste flagelo ambiental, muita gente vê engrossar o património económico: linhas de apoio para cobrir os prejuízos; vendas de produtos de combate; aluguer de aeronaves e outros meios de combate; madeireiros em contas de somar referente ao material ainda aproveitado, deixando o demais em abandono (ainda em estado degradante a paisagem de material ardido na imensidão dopinhal de Leiria); aumento da frota dos voluntários da paz em tempos de “guerrilha” e respetivos subsídios; conferências de imprensa entre noticiários a
tempo inteiro; políticos a reaparecer entre sinais de consolo para quem do sonho duma vida se transforma em pesadelo e … os ladrões continuam à solta, ou quando detetados, ou se submetem a consultas de ordem psiquiátrica ou se vê aplicada uma prisão preventiva, até receber equipamento que permitacumprir a media de coação em sua residência.
O âmbito preventivo
Na minha modesta opinião deveriam ser implementados no âmbito preventivo para além da limpeza das matas, abertura de acessos, montagem de postos de vigilância, utilização das novas tecnologias de observação e fiscalização permanente, (câmaras de filmagem e registo), organização de pelotões de combate, etc., … alguns dos quais, creio, que possam já estar em funcionamento.
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Para tal, recorrer às forças armadas, (ainda estes dias ouvi que estavam 11 mil militares especializados no combate às chamas …, mas em operações propriamente ditas, onde se encontram?!…).
Também recorrer aos reclusos com RAVE (regime aberto voltado para o exterior) e RAVI (regime aberto voltado para o interior), devidamente acompanhados por guarda prisional, podendo adquirir um subsídio de apoio pela tarefa realizada.
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Ainda organizar com apoio das autarquias, grupos de jovens e prepará-los para a vigilância por turnos, sendo colocados em torres de controlo, ou com a utilização das novas tecnologias atrás referidas, com ligação direta ao corpo local de bombeiros, para no caso de fogo detetado, ser acionada uma imediata medida de neutralizar a chama, que deste modo, morreria à nascença.
Prisão efetiva para pirómano
No caso de observação e deteção de algum pirómano e averiguação séria e transversal do autor, deveria ser imediatamente detido e submetido a prisão efetiva no cumprimento da pena, e cujo tempo estaria subscrita a regras muito específicas, tais como:
– todos os dias lhes deveria ser concedida ferramenta (picareta, enxada…), uma marmita com refeição ligeira e água, e deslocação (vigiada com guarda ou pulseira eletrónica), para espaços ardidos ou não, com a obrigação de abrir caminhos de acesso, limpeza de matagais, e plantação de árvores.
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Ao final do dia o carro celular recolhia o criminoso com destino à prisão, tendo direito a
uma refeição quente e descanso.
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Deveria ser-lhe apenas concedida folga aos fins de semana, com direito a
visitas, apenas nos caos em que se visse cumprida a tarefa que lhe foi
diariamente atribuída.
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Seria importante ainda através da comunicação social (imprensa escrita, rádio e televisão) ir informando o ponto da situação quer por via da descrição, quer através da entrevista, anotando as dificuldades do desempenho a converter e expondo publicamente o arrependimento, pelas consequências que originaram a catástrofe e causaram tanta inquietação, servindo de exemplo a nacional de que o crime não compensa.
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É evidente que ficará com a identidade registada e objeto de acompanhamento
no decorrer do tempo em que para tal seja necessário e justificado procedimento de eventuais tentativas de novas atrocidades à natureza que nos protege, encanta e envolve.
Por José Neto – Doutorado em Ciências do Desporto; Docente Universitário; Investigador.
PACOSLOOK – O PODER DA OPINIÃO
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A NOSSA MUNDOVISÃO
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