O nosso jornal está a ser vergonhosamente atacado num anonimato cobarde, por via de vírus informático, no sentido de impedir que as nossas notícias cheguem aos leitores.
Aconteceu sobretudo com incidência num texto em que mostrávamos que um deputado socialista falou do que não sabia, interessado que estava em declarar o que disse. Presumimos que não sabia, pois admitimos a boa fé das pessoas.
O texto do pacoslook desmente toda a sua intervenção.
O ataque informático ao nosso jornal começou por “inviabilizar” a leitura deste texto e depois alargou-se a outros, sobretudo aqueles que tratam de informação política.
Percebe-se assim que o ataque ao nosso jornal visa impedir que no nosso concelho se faça jornalismo político e questione a decisão política e que peça esclarecimentos a quem tem obrigação de os dar.
Compreendemos as dificuldades da classe política pacense em reagir às nossas publicações, habituada que está a viver “e mandar” em maioria absoluta e onde se verifica falta de respeito pela oposição (basta ver o que se passa na Assembleia Municipal).
Não havendo respeito pela oposição na AM por que razão haveria de haver respeito pelo jornal pacoslook.pt se ele trata da informação política no concelho – coisa que até agora nenhum jornal se atreveu a fazer?
O ataque de que somos alvo configura assim uma etapa de crescimento que pretendemos ajude os intervenientes a perceber que a democracia se constrói com debate e não com motivações de silenciamento, no sentido de manter garantida a confiança numa “informação conveniente e controlada”.
Aqui isso não acontecerá. Nunca. Pelo respeito que temos pelos leitores – razão única da nossa existência.
A DEMOCRACIA REQUER VERDADES BÁSICAS E COMPARTILHADAS
As democracias são fundamentadas no debate. Sem um pacto social básico sobre a verdade e a hipótese, os processos de negociação democrática tornam-se disfuncionais.
Todos sabemos que a realidade é socialmente construída; apesar disso, a diferença entre verdade e ficção não pode ser completamente arbitrária.
Mas esta construção tem de ser feita com os intervenientes, mesmo com aqueles que se dizem excluídos pelo nosso jornal e que sempre que foram convidados a participar nunca responderam ao convite.
Também nos domínios da educação protocolar a maioria absoluta acaba por ter influência.
Por Arnaldo Meireles