Abraçados pela liberdade que Abril lhes deu, reunidos à mesa como pediu o Mestre embora em nome do PS, eis os resistentes da narrativa que comunicam por parábolas. Primeiro foi a apologia da fruta que a terra, generosa, dá; depois a hermenêutica do arroz; e, agora, o repasto dos independentes com quotas em dia.
Uma boa lembrança em território pouco dado à diferença de opinião, explícita sem autorização do Mestre. Mas que mostra que a humanidade mexe, pelas pessoas disponíveis em trazer à palavra a mensagem que o poder esconde por entender inconveniente. Eis a diferença que constrói o progresso mas pouco acarinhada por quem impõe a narrativa única de quem “pode”.
Uma democracia que fundada na “legitimidade eleitoral” e uma vez alcançada parece ser suficiente para calar quem pensa e quem fala com a ousadia de apontar caminhos ainda não andados e que são a esperança para novos dias e novas conquistas.
Estes marotos, reúnem-se (sem autorização!), falam entre si; e, agora, publicam foto do repasto assinalando a vida pública a que têm direito. Ninguém diria nem imaginaria que este acto – na nossa terra – seria sinal de coragem. Mas é: significa que não se rendem à ameaça, não temem a circunstância criada e existem. Essa coisa terrível que para o poder da República da Rotunda se manifesta intolerável.
Mas são uma flor num jardim terraplanado, ainda por regar.