Quanto mais amadurece a governação socialista mais se constata que infelizmente, as assembleias municipais de Paços de Ferreira têm-se revelado, cada vez mais inúteis e distantes das reais necessidades e ambições da população.
Em vez de focar-se nos verdadeiros problemas que afetam os cidadãos, estas reuniões têm-se tornado num palco de exibicionismo político, onde o Partido Socialista local parece mais preocupado em enaltecer e dar loas às suas supostas conquistas dos últimos 10 anos e meio do que em promover um debate construtivo e efetivo.
Na última assembleia, realizada a 29 de abril de 2024, assistiu-se a um espetáculo lamentável, com um punhado de intervenções ocas, repetitivas e claramente orientadas para a propaganda política.
O PS local recorreu a mentiras e distorções interpretativas dos factos, numa tentativa quase desesperada de se apresentar como vítima, quando na verdade é exatamente o seu contrário.
A oposição, por sua vez, tem tido dificuldade em responder de forma contundente a este tipo de estratégia, limitando-se a uma réplica anémica e sistematicamente cerceada pela arrogância e prepotência do adversário.
É sintomático constatar que, cada vez menos pessoas assistem as assembleias, reflexo da crescente descrença da população na capacidade dos seus eleitos em abordar e resolver os problemas reais que os afetam.
Em vez de um debate sério e construtivo sobre as questões prementes, como a falta de investimento em infraestruturas, o desemprego, a degradação dos serviços públicos, etc… o que se assiste é a um lamentável conjunto de intervenções que se limitam a repetir, ad nauseam, as mesmas duvidosas conquistas e a tentar justificar a inação e os sucessivos falhanços com o legado do passado.
Esta situação é preocupante, pois as assembleias municipais deveriam ser o palco privilegiado para a discussão e resolução dos problemas da população local.
A ausência de discussão efetiva dos reais problemas da população é substituída por um lamentável conjunto de intervenções que se limitam a repetidamente enaltecer sempre as mesmas duvidosas conquistas dos últimos 10 anos e meio ou a tentar justificar a inação e falhanços sucessivos com o legado do passado.
Na última assembleia assistiu-se a um punhado de intervenções ocas, repetitivas e marteladas por parte do PS local recorrendo agora à Cartilha Nacional das interferências da Justiça na Política para se apresentar como Vitima quando na realidade é exatamente o contrário.
Entretanto, o que se verifica é um desvio cada vez mais acentuado das competências e funções do principal órgão de governo autárquico.
Por João Pontes