Ao longo de 11 anos de governação socialista o concelho de Paços de Ferreira não conseguiu preparar-se e projetar-se para os desafios que a década 20-30 está a colocar, e vai colocar às pessoas e às empresas.
As dificuldades de captação de mão de obra qualificada são reais e as nossas empresas sentem-no diariamente. A falta de captação de investimento externo e estrangeiro criou uma barreira que levou os nossos jovens altamente qualificados a procurarem oportunidades de emprego noutros concelhos acabando por se fixarem fora daqui.
Com um tecido empresarial muito direcionado para duas áreas, o mobiliário e o têxtil, e uma massa trabalhadora destes setores com uma média de idade já alta tornava-se indispensável a formação contínua dos trabalhadores para que o know-how se transmitisse às novas gerações e com elas fossem criados novos processos e novas técnicas com os novos materiais que hoje estão ao dispor da indústria.
O ano de 2023, ano municipal da economia, foi utilizado como bandeira política do faz de conta que não esteve assente num projeto de continuidade que fosse capaz de colaborar com os demais parceiros institucionais para elevar e transformar o mercado de trabalho do nosso concelho até 2030.
Os novos desafios tecnológicos vão muito rapidamente reconfigurar o que conhecemos hoje e a forma de fazer de hoje, e se não estivermos atentos às pessoas e às suas necessidades isso vai obrigar a uma nova readaptação ao mercado de trabalho com todos os desafios que isso acarreta e que para as gerações mais velhas se traduzirá em maiores dificuldades para acompanhar todo o processo. Estar sentado num gabinete e gerir um concelho de forma quase autocrática como acontece, nunca deu nem dará bons resultados para a população e para Paços de Ferreira.
A necessidade de um novo impulso é crucial para que o concelho recupere as posições de liderança no Tâmega e Sousa e não se deixe viver na ilusão do faz de conta que está tudo bem.
Em 2025 Paços de Ferreira vai preparar-se para mudar.
Por André Barbosa