Tomamos a liberdade de escrever a crónica “A tia Maria, no Jantar do Capão” (pode ler no fim deste texto) ilustrada com uma foto de dedo em riste que resumia a opinião da senhora referida.
Recebemos noite dentro um telefonema de número privado, carregado de indignação moral, com sustenido na garganta, chamando a atenção para a dignidade que um texto jornalístico deve ter – coisa que faltava, com abundância, no dito.
Nesta coisa das “notícias” nadamos nós bem pois são muitos anos a “virar frangos” sabendo distinguir assim os galos, as galinhas, mas também os garnizés e mesmo os capões e entre estes os trinchões.
E se tivéssemos dúvidas quanto ao assunto podíamos sempre perguntar à tia Maria que nos esclareceria (como sempre esclareceu) as dúvidas do momento.
Mas a indignação primeira resvalou depois para a “falta de respeito” para com a classe política que segundo o autor do telefonema era praticada pelo autor do texto.
O homem desabafou. Eu ouvi. Depois de lhe perguntar se já “estava aliviado” perguntei-lhe se não queria aproveitar para esclarecer os nossos leitores com um texto de opinião onde ficasse expressa a sua sabedoria e doutos ensinamentos.
- Mas como, se nem sabe quem está a falar?
- Não é necessário, escreva o que pensa, assine, envie e depois deixe os nossos leitores avaliar.
Não conheço este arauto da “verdade” e da “moral”, mas como tem o meu número de telefone fico esperando pelas suas novidades.
Quem sabe se não está a nascer um novo discípulo do Poder sempre disponíveis para traçar linhas a preto e branco, esclarecer o Povo e, assim, se manifestarem para servir a comunidade.
Sempre a bem da Nação.
https://radiofreamunde.pt/freamundenses/capao-de-freamunde/