Por decreto do PS, exarado por S Excia, Paços de Ferreira é um concelho urbano há 10 anos e está integrado na Área Metropolitana do Porto. Não sabia? Pois verifique por favor.
Esta “novidade” está inscrita nos altos desígnios da República da Rotunda que, dispensada de ouvir o povo e o PS que os escolheu, define o que quer e lhe aprouver. E tudo isto com o aviso – que é solene – sem ceder aos interesses imobiliários, essa coisa ilegítima impeditiva de acesso ao governo da coisa, ao contrário de ermitas surgidos das leis que especialistas nas mesmas se convencem de tal capacidade, mesmo quando não provaram nada enquanto dela dependeram. Mas adiante que o assunto hoje é saber, onde se estaciona o carro quando me desloco à cidade de Paços de Ferreira.
Isto vem a propósito de uma alhada em que me meti, eu que queria reunir com um responsável do PSD do Porto aqui na nossa terra. E marquei para a “Pastelaria 1º de Dezembro”, aliás como de costume. O meu telefone tocou quando se verificava um atraso de 20 minutos:
- Óh pá, estou no trânsito, uma barafunda, onde estaciono para ir ter aí?
- Lá estás tu a dizer mal da Câmara, então não tens lugar para estacionar?
- Olha, já te ligo daqui a pouco!
- Ok, eu espero, estou aqui no centro da cidade.
- Está lá, já estacionei.
- Ok, onde estás, vou ter contigo
- Estou no Ferraraplazza, pá….
- É pá, eu vou ter aí, para a próxima marcamos para Freamunde que ali não faltam lugares.
A reunião lá correu, como de costume bem, sem preocupações. Até que, coincidências do caraças, cai no meu telemóvel o comunicado do PSD sobre estacionamento em Paços de Ferreira a dizer assim:
Relativamente à ordem de trabalhos da última reunião de Câmara, os vereadores do PSD abstiveram-se na proposta do ponto 4, “Contrato de comodato a celebrar entre o Município de Paços de Ferreira e a empresa Sasobrab – Imobiliária, Lda, destinado a parque de estacionamento”.
A intenção de voto do PSD está fundamentada pela falta de estratégia deste executivo PS no que concerne ao planeamento urbano e mobilidade.
Apesar de enaltecermos a disponibilidade dos proprietários deste terreno e de todos os outros que cederam terrenos à Câmara municipal, compreendemos que Paços de Ferreira não pode sustentar-se com soluções temporárias ou paliativas, como os parques em terra batida espalhados pela cidade, mas sim com infraestruturas que atendam plenamente aos requisitos de segurança, comodidade e eficiência.
Os parques de estacionamento atuais funcionam em condições precárias, assemelhando-se mais a áreas de estacionamento clandestinas do que a soluções urbanísticas pensadas para o bem-estar dos cidadãos e para a dinamização do comércio local.
Ao fim de 10 anos de governação, esta maioria ainda não sabe o que pretende. Uma realidade que não pode continuar. Defendemos, conforme apresentado nas propostas para o orçamento de 2024, a criação de parques de estacionamento dignos e adequados, que não apenas resolvam o problema do estacionamento, mas também contribuam para a melhoria da qualidade de vida na cidade.
Estes espaços devem incluir iluminação eficiente, pisos de qualidade, medidas de segurança, como vigilância por vídeo, e uma gestão que garanta a sua manutenção e eficácia a longo prazo.
PSD de Paços de Ferreira
TERRENOS EMPRESTADOS PARA ESTACIONAMENTO
Ora bem, em 10 anos, nem um tusto para construir um “parque de estacionamento” na cidade de Paços de Ferreira. Isto em contraciclo com o crescimento da área urbana que aumentando a população torna ainda mais indispensávels estes parques. Mas da Câmara nada! Pelo que se vê privados – donos de terrenos – têm, ao longo dos anos cedido gratuitamente ao Município a possibilidade de ali colocarmos os nossos carros. Pela minha parte, muito obrigado.
Num município que gasta 50 milhões de euros por ano (em média) nem um parque edificado para garantir o tal “concelho urbano”? Curioso, quando se explicou a “má colocação do actual Centro de Saúde – para justificar a construção de um novo – por “não ter estacionamento”! Não sei se me estão a perceber…. não se constrói parque nenhum, e depois entende-se mudar para novo lugar por não haver o que não se construiu. Difícil de perceber, (?) quebra-cabeças (?), não. Apenas improviso e nisso a República da Rotunda é das melhores do país. Olarilolé! Lá isso é!
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Eu vejo, eu cheiro, eu sou mosca. E por isso vou andando por aí e disso darei notícias se me permitirem.
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