Na cabeça do presidente e no âmbito da sua vontade reside a possibilidade de, 50 anos depois do 25 de Abril, levar a o Município a apresentar queixa crime com pedido de indemnização cível contra o PSD e eventuais desconhecidos, tendo por base o cartaz que os sociais democratas exibiram publicamente no concelho.
Esta originalidade política do presidente é sustentada por achar que as recentes buscas no edifício da CMPF e na residências de alguns dos seus dirigentes têm origem no referido cartaz.
Esta intenção começa por ser sustentada na referência à “procura” dos 5 milhões, que o presidente entende como insulto, recusando-se a ler a primeira frase do mesmo cartaz e que apontava para o problema verificado que a ETAR não funciona quando o mesmo presidente dizia em 2018:
A liberdade política
50 anos depois do 25 de Abril, a expressão pública da opinião política de um partido é assim considerada um crime, analisando parte da mensagem veiculada, e excluindo da mesma análise a chamada de atenção para a promessa de 2018 “finalmente vamos pôr fim a esta calamidade e crime ambiental”, frase atribuída a Humberto Brito, na qualidade de presidente da edilidade.
Esta frase deve ser tida em conta, embora expressa em 2018, por se saber que na campanha autárquica de 2021, o mesmo presidente declarou em debate que a ETAR estava a funcionar perfeitamente! Admirado? Ora veja:
Processos & Manobras
Para já o “processo ao PSD” é apenas uma hipótese, admitindo-se que esta intenção esteja atrasada para não coincidir com as comemorações do 25! Mas na narrativa de quem manda começa a ser divulgada a existência de um outro processo, desta vez às entidades que levaram os tais 5 milhões! A curiosidade é que tal atitude foi tomada em 2 de junho de 2023 pelo que se duvida da eficácia da mesma, sendo de admitir que os acusados apresentem as declarações do senhor presidente que aqui reproduzimos no role das suas explicações.